segunda-feira, 12 de abril de 2010

Pré Natal

PRÉ-NATAL

EUROCLÍNICA

Rua Benedito Spinardi no.1440

Jardim Europa

Assis – SP

www.euro-clinica.com

euroclinica@uol.com.br

2007

Este trabalho tem como objetivo
prestar esclarecimentos às futuras mamães
sobre o maravilhoso e milagroso processo que
vai da concepção do bebê
até o seu nascimento.

EQUIPE MÉDICA

Dr. Carlos Izaias Sartorão Filho
CRM 88949
Ginecologia – Obstetrícia – Ultra-sonografia

Dr. Ricardo Augusto Giannasi
CRM 77331
Ginecologia – Obstetrícia – Mastologia

Dra Simone Fink Hassan
CRM 73918
Ginecologia – Obstetrícia

Dra Lyliana Sawaia Abud
CRM 83622
Nutrologia – Medicina Estética

Dr. Ricardo Ganassin
CRM 110607
Angiologia – Cirurgia Vascular – Ultra-som vascular


Atenção:
As informações contidas neste material não substituem os cuidados e orientações médicas. Somente um profissional qualificado poderá diagnosticar e tratar eventuais problemas.


O PLANEJAMENTO DA GRAVIDEZ


Para uma gestação sem complicações é muito importante que seja feito um planejamento antes da concepção. Complicações durante a gravidez podem ser reduzidas e até evitadas quando a mulher tem um estilo de vida saudável.

Eis algumas medidas que devem ser tomadas antes da concepção:

• Diagnóstico e tratamento de doenças pré-existentes
• Interrupção ou troca de medicamentos que são contra-indicados na gravidez
• Realização dos exames periódicos de prevenção de doenças
• Aconselhamento genético , nos casos de antecedentes pessoais ou familiares de doenças genéticas e hereditárias
• Vacinação (por exemplo: Rubéola , Tétano, Hepatite B)
• Controle adequado do peso
• Interrupção do uso de cigarros, bebidas alcoólicas e drogas.
• Complementação de ácido fólico, na dose de 5 mg ao dia. Estudos têm demonstrado que a deficiência de ácido fólico, uma substância essencial para a divisão celular, está relacionada às mal-formações, principalmente os defeitos do sistema nervoso central. Portanto, recomendamos a ingestão de ácido fólico antes da concepção e durante as primeiras semanas da gestação.


ALTERAÇÕES NO CORPO DA GESTANTE

Após a concepção o organismo da mulher passa por milhares de transformações. Em diversas etapas, o organismo se modifica de acordo com as necessidades do feto e da gestante.
Existem muitas histórias contadas por mulheres que já passaram pela mesma experiência. Algumas tiveram todos os sintomas possíveis, como náuseas, tonturas, prisão de ventre, cãibras, edemas, falta de ar. Outras descrevem uma gravidez bem mais tranqüila. Engordaram apenas 9 quilos, trabalharam até o último dia e ainda fizeram ginástica.
No entanto, não se impressione com outras experiências, nem espere que o mesmo acontecerá com você. Cada gravidez é única. Enfrente as transformações que ocorrerão no seu organismo com bastante tranqüilidade e verificará que cada etapa lhe reserva alegrias, emoções e “incômodos” compensadores.
Os órgãos do seu corpo sofrerão adaptações para corresponder à nova realidade do seu organismo. A maioria dos sintomas da gravidez são previsíveis e explicáveis.
O volume do útero aumenta muito durante a gestação. Com isso, os demais órgãos abdominais ficam comprimidos e mudam de posição.
As mamas ficam mais doloridas e inchadas. Podem aumentar de tamanho logo no primeiro mês. Dependendo da tonalidade da pele, a aréola e o mamilo adquirem uma nova coloração. Após o parto, aos poucos, a cor volta ao normal.
Depois da décima semana de gestação, o volume de sangue aumenta, gradualmente, cerca de um litro e meio. A partir do terceiro trimestre, quando já atende às necessidades da mãe e do bebê, o volume se estabiliza. O útero precisa de 25% de sangue adicional para suprir as necessidades do feto. O fornecimento de sangue fica às vezes maior em alguns órgãos, como nas gengivas, e é por isso que às vezes, ocorre sangramento durante a escovação dos dentes.
A dinâmica circulatória e o coração ficam sobrecarregados. O rendimento cardíaco aumenta progressivamente até 30 semanas e permanece 30 a 50% maior do que o normal. Nas últimas 10 semanas, o rendimento cardíaco cai um pouco, e em torno de 2 semanas após o parto voltará aos níveis normais. Com a elevação do diafragma (músculo principal da respiração), o coração é deslocado para cima e para frente. No final da gravidez, para melhorar o retorno de sangue dos membros inferiores e abdômen, a melhor posição para dormir é deitar-se de lado, com o corpo virado para o lado esquerdo e com um travesseiro de apoio entre as pernas.
O fluxo sangüíneo na pele fica elevado, principalmente nos braços, mãos e pés, o que dá uma sensação de maior calor no corpo. O aumento da circulação cutânea é de cerca de 500 ml e se modifica de acordo com a s variações térmicas do corpo e da temperatura ambiente. Algumas gestantes podem sentir uma abertura gradual das últimas costelas, sendo que o ângulo entre as costelas inferiores aumenta de 68º no início da gravidez para mais de 100º nas últimas semanas.
O aparelho respiratório sofre diversas alterações anatômicas. A gestante passa a respirar usando mais a região do diafragma e este, por sua vez, eleva-se cerca de 4 cm, ampliando seu diâmetro , para auxiliar na expansão dos pulmões.
Para suprir as necessidades do feto, os rins modificam a composição do sangue filtrado. A vontade de urinar fica cada vez mais freqüente, porque os rins precisam limpar e filtrar 50% a mais de sangue e também pela pressão maior exercida pelo útero sobre a bexiga.
São também características da gravidez o aumento da sede e do apetite, assim como outras mudanças relacionadas com o aparelho digestivo. Com o aumento do útero, o estômago sofre rotação para a direita e deslocamento para cima, dando a impressão de estar menor após a alimentação. Os intestinos ficam comprimidos, e são deslocados para a parte superior do abdômen. Essas mudanças vão exigir um maior tempo para a digestão. Podem ocorrer refluxo e sensação de queimação, prisão de ventre e hemorróidas. Para amenizar esses problemas, recomenda-se a adoção de hábitos alimentares corretos, através da ingestão de fibras e frutas, ingestão de grande quantidade de líquidos e mastigação adequada dos alimentos.
O fígado cresce ligeiramente e no final da gravidez é deslocado para cima e para a direita. Os problemas relacionados ao funcionamento da vesícula biliar são mais comuns na gestação. Evite alimentos gordurosos.
Durante a gravidez, é normal que a pele fique com uma coloração mais escura em determinadas partes do corpo. As manchas e cicatrizes já existentes também ficam mais escuras. Deve-se evitar o excesso de sol, principalmente no rosto, e sempre usar um protetor solar eficiente. Durante a gravidez, ocorre um aumento do nível de hormônios , e um dos efeitos desses hormônios é decompor e retirar as proteínas da pele, rompendo mais facilmente os feixes de colágeno que dão sustentação à pele. O aparecimento de estrias varia de acordo com o tipo de pele e o ganho de peso.
Os mais notáveis reflexos da gravidez no organismo ocorrem no aparelho genital. Não apenas o útero, mas a vagina, as trompas, ovários e mamas alteram-se bastante na gestação. Os tecidos vaginais se hipertrofiam para facilitar a dilatação do canal de parto. As trompas e ovários aumentam de volume e tem maior fluxo sangüíneo.

CUIDADOS COM O CORPO

Higiene pessoal: evite tomar banhos com temperatura muito elevada e banhos de imersão (banheiras) por tempo muito prolongado. Nunca faça duchas vaginais durante a gestação. Cremes hidrantes podem ser aplicados no corpo, sem restrições, exceto nas aréolas e mamilos.

Higiene Bucal: recomenda-se o acompanhamento regular ao dentista durante o pré-natal. Geralmente não é recomendada a reposição de Flúor durante a gestação. Se houver necessidade de tratamento com anestesia, solicite ao dentista para não usar anestésico com adrenalina.

Vestuário: use roupas leves, amplas e folgadas, que proporcionem comodidade e liberdade de movimentos. Dê preferência à calçados confortáveis e sem saltos altos. Recomenda-se o uso de meias elásticas tipo ¾ de suave ou média compressão, principalmente para gestantes com varizes, dores e inchaços nos membros inferiores.

Atividade sexual: não existem restrições, a não ser em casos de dor, sangramento, ameaça de abortamento, trabalho de parto prematuro ou rotura da bolsa das águas.

Exercícios físicos: caminhada, natação, hidroginástica são esportes recomendados para melhorar o preparo físico . Recomenda-se cautela ao iniciar atividades esportivas que não está acostumada a praticar. Deve-se evitar exercícios de impacto e musculação.

Viagens: por convenção das companhias aéreas, é proibido o embarque de gestantes a partir do oitavo mês. Viagens curtas, em cabinas pressurizadas não trazem inconvenientes. Viagens longas e cansativas são desaconselhadas. Viagens de automóveis , quando longas, devem ser evitadas ou intercaladas com períodos de descanso. Use sempre o cinto de segurança de 3 pontas, colocando o cinto inferior abaixo do abdômen , sobre o osso da púbis, frouxamente, e o cinto transversal passando entre as mamas. Viagens longas de navio são desaconselhadas devido ao risco de enjôos e à dificuldade de atendimento médico de urgência. Antes de viajar, verifique sobre a exigência de atestado médico pela companhia de transporte na hora do embarque.

Cigarro : é bem conhecida a influência nociva do fumo para o desenvolvimento do bebê e para a saúde da gestante. O cigarro é contra-indicado na gravidez.

Álcool: em doses mínimas, ocasionalmente, é inofensivo. Entretanto, vale a recomendação de que é muito mais saudável não beber nada.

Emprego: a maioria das mulheres prefere continuar em atividade até quase o final da gestação, contrariando inclusive a legislação trabalhista, que orienta que se inicie a licença gestação a partir do 8º mês (120 dias de afastamento). Atividades profissionais muito cansativas são desaconselhadas no terceiro trimestre da gravidez. Desde o início da gestação, deve-se intercalar o período de trabalho com períodos de repouso e relaxamento.

O PRÉ-NATAL

A gestação pode ser confirmada cerca de 2 semanas após a fecundação. Para que haja maior exatidão nos resultados do teste de gravidez, aconselha-se aguardar ao menos 3 a 4 dias de atraso menstrual para a realização do exame. Quando ocorre a fecundação, inicia-se a produção de um hormônio chamado gonadotrofina coriônica humana (hCG), que pode ser dosado no sangue ou na urina da gestante.
A assistência pré-natal é um serviço preventivo que tem demonstrado ser benéfico para a mãe e para o bebê. As mulheres que não recebem uma boa assistência pré-natal correm riscos maiores de complicações.

A primeira consulta de pré-natal deve ser realizada assim que a gestação for confirmada. Serão abordadas as queixas atuais, o histórico de doenças, os antecedentes de doenças familiares e hereditárias. Também serão abordados os antecedentes obstétricos, como o número de gestações, tipos de partos, peso dos bebês, intercorrências e doenças nas gestações anteriores, antecedentes de mal-formações congênitas, partos prematuros, ou seja, todos os dados relevantes para o médico obter uma análise completa do estado de saúde da gestante.
Determina-se na primeira consulta a idade gestacional e a data provável do parto, baseados na data da última menstruação. A gestação a termo dura 280 dias, ou 40 semanas, ou 10 meses lunares, a contar do primeiro dia da última menstruação.

Na ocasião da primeira consulta, serão solicitados os seguintes exames:

• Hemograma completo
• Tipagem sangüínea
• Coombs indireto (rastreamento de anticorpos maternos contra o fator Rh, nos casos de gestantes com sangue Rh negativo)
• VDRL (sorologia para sífilis)
• Sorologia para Toxoplasmose
• Sorologia para HIV
• Sorologia para Rubéola
• Glicemia de Jejum
• Urina I
• Parasitológico de fezes

Outros exames laboratoriais que não constam da tabela acima poderão ser solicitados, dependendo de cada caso.
Entre a 25ª e 30ª semana de gestação, alguns exames serão repetidos.

Freqüência das consultas:
Início da gestação até a 30ª semana = mensal
30ª a 36 a semana = quinzenal
Após 36ª semana = semanal


No último trimestre da gravidez, poderá ser indicado o exame de Cardiotocografia, que consiste na avaliação por um período de prolongado de tempo, da freqüência cardíaca fetal, das contrações uterinas maternas e da movimentação do bebê. Esse exame é útil na avaliação das condições de bem estar do bebê, podendo determinar antecipadamente se existe algum risco de sofrimento fetal.

ULTRA-SOM NA GRAVIDEZ

A ultra-sonografia mudou muitos conceitos e revolucionou a prática da Obstetrícia. O ultra-som é um exame inofensivo para a mãe e o bebê, e auxilia muito na condução adequada do pré-natal. O ultra-som determina com precisão a idade gestacional, permite o diagnóstico da maioria dos casos de mal-formações, permite avaliar situações de risco para a gestação, permite avaliar o crescimento fetal, e auxilia a realização de procedimentos diagnósticos, como punções da placenta, do cordão umbilical e retirada de líquido amniótico para exames, nos casos indicados.

A realização do exame de ultra-som no início da gestação é útil para confirmar com grande exatidão a idade gestacional, a localização da gestação, o número de embriões e a vitalidade do embrião.
Entre a 11ª e 14ª semana de gestação, o ultra-som possibilita o rastreamento e diagnóstico de mal-formações fetais, através da medida da translucência nucal (espaço existente entre a pele da nuca do feto e a coluna vertebral ). Os fetos com alterações cromossômicas (a mais comum é a Síndrome de Down) têm um excesso de líquido acumulado nesse espaço. Se a translucência nucal estiver alterada, indica-se a realização do exame genético invasivo, através da biópsia de placenta ou da coleta do líquido amniótico por punção abdominal com uma agulha especial.
Vale ressaltar que a translucência nucal normal não exclui completamente a possibilidade de alguma alteração, assim como quando está alterada, não confirma definitivamente a ocorrência de problema genético. Como os exames invasivos têm um risco pequeno de complicações, inclusive de abortamento, prefere-se indicá-los apenas em situações de grande possibilidade de se confirmar algum problema, como nos casos de idade materna avançada, antecedentes de problemas genéticos e cromossômicos ou nos casos em que a translucência nucal estiver alterada.

Risco aproximado de nascimento com síndrome de Down de acordo com a idade materna:

20 anos 1/1527
25 anos 1/1352
30 anos 1/895
32 anos 1/659
34 anos 1/446
36 anos 1/280
38 anos 1/167
40 anos 1/97
42 anos 1/55
44 anos 1/30

Feto com coleção líquida subcutânea na nuca

Ultra-som demonstrando aumento da medida da translucência nucal em um feto de 12 semanas com trissomia do cromossomo 21 (síndrome de Down)

Entre a 20ª e 26ª semana de gestação, esta é a melhor época para avaliação morfológica do bebê. O ultra-som morfológico é um exame que estuda detalhadamente os órgãos internos fetais, cordão umbilical, placenta, líquido amniótico. Esta é também a época mais indicada para se visualizar o sexo fetal.

Entre a 26ª e 34ª semana, o ultra-som pode ser realizado para avaliar o crescimento fetal, além de complementar a avaliação do desenvolvimento estrutural do feto.
A partir da 34ª semana, o ultra-som pode ser indicado para avaliar o crescimento fetal, a quantidade de líquido amniótico, o grau de amadurecimento da placenta, a posição do bebê dentro do útero. Também nessa época podem ser indicados exames para avaliar a vitalidade fetal, avaliando-se a movimentação fetal, o tônus, os movimentos respiratórios fetais e o volume do líquido amniótico (Perfil Biofísico Fetal).
O ultra-som colorido, chamado também de Dopplervelocimetria, avalia a circulação sangüínea, com o intuito de detectar alguma anormalidade no suprimento de sangue para o útero, placenta, cordão umbilical e para o feto. É solicitado em alguns casos específicos durante o pré-natal.

Em gestações de baixo risco indicamos a realização de no mínimo um exame de ultra-som em cada trimestre da gravidez.

SINAIS DE ALARME

• Qualquer sangramento vaginal
• Edema / inchaço acentuado da face ou das extremidades do corpo
• Dor de cabeça intensa ou contínua
• Alteração ou borramento da visão
• Dor abdominal de forte intensidade
• Contrações uterinas com grande intensidade ou freqüência
• Vômitos persistentes
• Febre ou calafrios
• Dificuldade ou dor para urinar
• Perda de líquido pela vagina
• Alteração significativa na freqüência ou intensidade dos movimentos fetais
• Desmaios ou alteração do estado de consciência

Telefones Úteis:

Euroclinica (18) 3324 2122
Hospital Maternidade de Assis: (18) 3302 1700
Hospital Europa: (18) 3322 3555
Santa Casa de Assis (18) 3325 1133
Hospital Regional de Assis (18) 3302 6000

ALIMENTAÇÃO

A futura mamãe precisa alimentar-se bem. Isto não quer dizer que precisa comer muito. Precisa sim optar por uma dieta equilibrada em proteínas, vitaminas, calorias, sais minerais e gorduras. O objetivo é ter uma nutrição de qualidade, sem engordar excessivamente.
A alimentação adequada exerce um efeito direto na capacidade mental e física do bebê, inclusive na estatura e peso da criança. Ao contrário, uma alimentação deficiente pode possibilitar um maior risco de prematuridade e recém-nascidos com baixo peso.
O ganho excessivo de peso durante a gestação está intimamente ligado a ocorrência de diabetes, hipertensão arterial, pré-eclâmpsia, partos prematuros e complicações durante o parto.
Eis alguns hábitos aconselhados:

• Beba bastante água. O ideal é tomar cerca de 2 litros de água por dia
• Evite o excesso de sal. Cuidado com a quantidade de sal já presente em alimentos industrializados
• Consuma alimentos ricos em proteínas
• Consuma de preferência, carnes brancas, que são mais facilmente digeridas.
• Evite comer doce e açúcar. Dê preferência a alimentos ricos em carboidratos e integrais
• Controle a ingestão de alimentos gordurosos
• Evite frituras
• Coma alimentos ricos em fibras vegetais
• Procure ingerir alimentos ricos em ferro
• Procure reduzir o volume de alimentos nas refeições (comer menos, mais vezes e nunca ficar com o estômago vazio)
• Evite ficar em jejum por períodos prolongados.

Pirâmide Alimentar:
Segundo a legislação vigente em nosso país, a "Pirâmide Alimentar é um instrumento, sob a forma gráfica, de orientação da população para uma alimentação mais saudável". Ela constitui um guia para uma alimentação saudável, onde você pode escolher os alimentos a consumir, dos quais pode obter todos os nutrientes necessários, e ao mesmo tempo, a quantidade certa de calorias para manter um peso adequado.
A pirâmide possui quatro níveis com oito grandes grupos de produtos, de acordo com a sua participação relativa no total de calorias de uma dieta saudável. Os alimentos dispostos na base da pirâmide devem ter uma participação maior no total de calorias da sua alimentação, ao contrário dos alimentos dispostos no topo da pirâmide, que devem contribuir com a menor parte das calorias de toda a sua alimentação. Cada grupo de alimentos é fonte de nutrientes específicos e essenciais a uma boa manutenção do organismo.
• Grupo de pães, massas, tubérculos: Fonte de carboidratos, nutriente fornecedor de energia. Pães, massas e biscoitos integrais são ainda boa fonte de fibras, que ajudam no bom funcionamento do intestino.
• Grupo das frutas e hortaliças: Ótimas fontes de vitaminas e sais minerais, dentre eles, anti-oxidantes que diminuem o efeito deletério do estresse oxidativo e dos radicais livres. Também possuem boa quantidade de fibras.
• Grupo das carnes: São alimentos compostos basicamente de proteína, muito bem utilizada por nosso organismo para produção de tecidos, enzimas e compostos do sistema de defesa. Além disso, são ricas em ferro e vitaminas B6 (pirixodina) e B12 (cianocobalamina), tendo sua ingestão (nas quantidades adequadas) efeito preventivo nas anemias ferropriva e megaloblástica.
• Grupo do leite e derivados: São os maiores fornecedores de cálcio, mineral envolvido na formação de ossos e dentes, na contração muscular e na ação do sistema nervoso. Além disso, possuem uma boa quantidade de proteína de boa qualidade.
• Açúcares e óleos: são pobres em relação ao valor nutritivo, sendo considerados, por isso, calorias vazias.
Todos os grupos de alimentos são importantes para suprir as necessidades de nutrientes dos indivíduos e manter sua saúde, por isso, todos devem ser consumidos em suas quantidades adequadas. Estas quantidades variam de acordo com as necessidades de cada indivíduo.

Recomenda-se uma avaliação e acompanhamento nutricional especializado durante o pré-natal.

QUEIXAS MAIS COMUNS NA GESTAÇÃO

Náuseas, vômitos, salivação excessiva: são sintomas comuns no início da gestação. A dieta deve ser fracionada em 6 refeições leves, em pequena quantidade. Evite frituras, gorduras, alimentos com cheiros fortes, evite tomar muito líquido durante as refeições, prefira alimentos sólidos. Em casos de náuseas e vômitos freqüentes, pode ser necessária a prescrição de medicamentos ou até mesmo a internação.

Pirose / azia: evite tomar café em excesso, chá preto, mate, e bebidas e comidas ácidas ou condimentadas. A dieta deve ser fracionada e pode ser necessária a prescrição de antiácidos.

Fraqueza, tonturas: não faça mudanças bruscas e repentinas de posição. Faça dieta fracionada e tome bastante líquido. Sente-se com a cabeça abaixada ou deite-se de lado, respirando profunda e pausadamente. Nunca fique muito tempo em jejum.

Dor abdominal, cólicas, flatulência (gases) e intestino preso: Faça exercícios regularmente para melhorar o preparo físico e ajudar no melhor funcionamento intestinal. Siga uma dieta rica em fibras, aumente a ingestão de líquidos e evite alimentos de alta fermentação como repolho, couve, feijão, leite e doces.

Hemorróidas: faça uma dieta rica em fibras e tome bastante líquido para melhorar a obstipação intestinal. Não use papel higiênico colorido ou áspero e faça higiene com água e sabão neutro. Faça duchas com água morna ou compressas mornas no local. Se houver dor ou sangramento persistente, procure seu médico.

Corrimento vaginal: é normal um aumento do fluxo vaginal fisiológico durante a gestação. Quando não há infecção concomitante, não é necessário tratamento. Observe se há alteração no aspecto, cor, quantidade ou presença de odor fétido e prurido ou dor localizada.

Queixas urinárias: o aumento do número de micções é comum na gestação, devido ao aumento do útero que faz compressão sobre a bexiga e ao aumento do volume de sangue filtrado pelos rins. Observe se existe dor ou dificuldade para urinar, assim como a presença de sangue na urina.

Falta de ar e dificuldade para respirar: o aumento do volume abdominal e a elevação do diafragma modificam a respiração da gestante. Além disso, a ansiedade que é comum nessa época pode tornar a respiração mais ofegante. Para melhorar a capacidade respiratória, aconselha-se a prática regular de atividade física , o controle adequado do peso, e deitar-se de lado , principalmente no final da gestação .

Dor nas mamas: recomenda-se o uso constante de sutiã com alças curtas, que ofereça boa sustentação das mamas.

Dor lombar: observe e corrija a postura ao sentar e ao andar. Use sapatos confortáveis e sem saltos altos. Tenha sempre um apoio para os pés quando estiver sentada. Para dormir, deite-se de lado e coloque um travesseiro de apoio entre as pernas. Observe se a densidade do colchão é adequada para o seu peso.

Varizes: não permaneça muito tempo em pé ou sentada. Repouse durante cerca de 20 minutos , com as pernas elevadas, várias vezes ao dia. Não use roupas muito justas. Use meia elástica de suave ou média compressão.

Câimbras: faça massagem no músculo afetado e aplique calor local. Evite excesso de exercícios . Tome bastante líquidos e alimentos ricos em potássio e cálcio.

Cloasma Gravídico (manchas / pigmentação no rosto) : Não expor o rosto diretamente ao sol. Usar sempre protetor solar hipoalergênico (FPS 30 ou mais) . Após o parto a pigmentação mais escura tende a desaparecer gradativamente.

Estrias: não existe um método 100% eficaz para evitar as estrias. Massagens locais e substâncias hidratantes podem ser utilizadas. O controle adequado do peso é essencial

PARTO NORMAL E CESÁREA

Adaptado de Revista da Sogesp (Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo / nov-dez-2003)

A opção da via de parto sempre provoca discussões. Mas um indicativo é unânime: é fundamental disponibilizar para a mãe todas as informações disponíveis.


A opção da via de parto é geralmente tratada como uma polêmica fonte de discussão. Um dos principais motivadores dessa questão é a alta incidência de cesáreas, que para muitos, seria uma distorção da prática ideal. A naturalidade do parto vaginal seria a melhor opção tanto para a mãe , quanto para a criança. Por outro lado, há aqueles que não vêem problemas em optar com mais freqüência por partos abdominais e até partem para a defesa aberta da prática.
Razões culturais podem ser alegadas como influenciadoras na solicitação da cesárea, como o medo da dor, do desfecho do procedimento, da imprevisibilidade da hora, do uso do fórcipe, ou ainda uma preocupação estética. Alega-se ainda como motivo determinante da opção da cesárea, a vontade da gestante em só querer fazer o parto com o obstetra que a acompanhou durante o pré-natal. Segundo o professor Roberto Eduardo Bittar da USP, diante da escassez de tempo para cuidar de todas as pacientes, muitos obstetras optam realmente pela cesárea. “Tanto a gestante quanto o obstetra acabam assumindo a postura mais cômoda para ambos”.
A Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia defende o parto seguro para a mãe e o concepto, com assistência especializada, humana e confortável. A Federação valoriza o parto vaginal como a melhor opção tanto para a gestante como para a criança. Reconhece também que a cesárea constitui importante conquista da obstetrícia moderna e que suas indicações se ampliaram nos dias atuais.
O parto vaginal envolve menos riscos, entre eles o da anestesia, infecção , menor sangramento e facilita o retorno da mãe às atividades habituais.
Na opinião do professor titular de Obstetrícia da USP, Marcelo Zugaib, a discussão é fruto de um profundo mal entendido e de posicionamentos preconceituosos. O parto vaginal traz consigo toda a carga histórica de “naturalidade”, mas há de se levar em consideração que hoje o parto abdominal é uma importante opção para a obstetrícia e que a evolução da técnica reduziu os riscos que advêm deste tipo de parto. Demonstrando uma postura contundente, Zugaib revela que não vê problemas quando o obstetra, por questão de estilo ou especialização, opta por realizar a cesárea. Segundo Zugaib, qualquer procedimento estará dentro da ética se houver total esclarecimento por parte do médico para com a sua paciente, sobre as vantagens e desvantagens de cada parto, caso não haja uma indicação puramente médica para uma ou outra via de parto.
O ideal é que a gestante tenha o direito de escolher o tipo de parto que considera melhor para si, desde que esteja bem esclarecida sobre as vantagens e desvantagens do parto normal e da cesárea. A mulher tem o direito de expressar suas angústias e ansiedades e escolher a via de parto que seja mais conveniente para ela.


ORIENTAÇÕES APÓS O PARTO

• Nos primeiros dias após o parto, é conveniente que tenha ajuda de um acompanhante para se levantar, pois poderá sentir um pouco de tontura e dor. Exercite-se nos primeiros dias, para ativar sua circulação, facilitar o escoamento das secreções vaginais, e para restabelecer o funcionamento do seu intestino

• Alimentação: a dieta deve ser leve nos primeiros dias, evitando-se alimentos gordurosos e formadores de gases intestinais (por exemplo, feijão, repolho, doces). Tome a maior quantidade possível de líquidos. Não tome sucos açucarados e refrigerantes.


• A primeira evacuação poderá demorar alguns dias. Uma dieta laxante, com vegetais verdes, mamão, e fibras em geral, além de bastante líquido, evitarão a constipação intestinal. Em alguns casos, algum tipo de laxante pode ser necessário. Se você estiver com hemorróidas (muito comum no final da gestação e após o parto), não usar papel higiênico. Fazer banhos de assento com água morna.

• O sangramento vaginal após o parto ou cesárea, consiste na eliminação de restos celulares, de sangue e membranas de dentro do útero. No início, tem uma coloração vermelho-vivo, e com o passar dos dias, passa a vermelho-escuro e vai diminuindo de quantidade, progressivamente, até parar, por volta de 40 dias após o parto.

• Agendar uma consulta 10 dias após o nascimento, para reavaliação clínica e retirada de pontos, caso necessário. Os pontos após o parto normal não precisam ser retirados.

• Nos casos de cesárea, aplicar álcool 70% sobre o curativo, 2 vezes ao dia. Nas pacientes obesas, é comum ficar uma dobra de pele recobrindo a cicatriz, e que pode facilitar a ocorrência de infecção operatória. Nesse caso, lavar o local com bastante água e sabão neutro 3 a 4 vezes por dia e depois aplicar o álcool 70%. Manter o local seco e arejado.

• Após a retirada dos pontos da cesárea, deve-se manter uma bandagem com micropore sobre a cicatriz, trocando-a semanalmente. O uso da bandagem é recomendado por 3 meses e ajuda no melhor resultado estético da cicatriz.

• A amamentação é o ato mais importante após o parto. No início, o leite é bem claro e aquoso, e desce em menor quantidade. Esse primeiro leite é o colostro, muito rico em anticorpos e nutrientes para seu filho. Aproximadamente no terceiro dia após o parto, os seios ficam mais volumosos, inchados, devido a produção aumentada do leite. Procurar um local calmo e aconchegante para amamentar. Acomodar bem o bebê no colo, de modo que ele abocanhe o máximo possível a aréola, para evitar rachaduras. Deixar o bebê mamar o tempo que for necessário, e sempre que ele solicitar. Alternar as mamas a cada mamada. Às vezes, nos primeiros dias, a produção de leite é muito grande, e torna necessário o esvaziamento manual das mamas, para evitar que elas fiquem ingurgitadas. Sempre usar um Soutien, de preferência, aqueles próprios para a amamentação. Não usar nenhum creme ou medicamento diretamente nas aréolas.

• Durante as mamadas, é comum sentir um pouco de cólica devido à contração do útero, associada a um escoamento de sangue mais abundante.

• Atividade física: deverá se restringir a movimentos leves, sem sobrecarga de peso, nas primeiras 4 semanas após o parto. Após o parto normal, pode-se voltar às atividades normais após 2 semanas . Após a cesárea, pode-se voltar gradativamente às atividade físicas habituais, evitando-se exercícios físicos com sobrecarga excessiva, e exercícios que esforcem a musculatura abdominal, nos primeiros 3 a 4 meses.

• Atividade sexual deve ser evitada nos primeiros 40 dias, pois o útero está em processo de involução ao tamanho normal e o colo do útero fica dilatado, possibilitando o risco de infecção neste período. Existe também uma possibilidade remota de engravidar. Após os primeiros 40 dias, deve ser agendada uma consulta para discutir os métodos anticoncepcionais.

• Não usar nenhum medicamento sem o conhecimento do médico, pelo risco de passagem pelo leite materno, e pelo risco de interferir na produção do leite.


• Comunicar nos casos de:
 Dor abdominal persistente ou de forte intensidade
 Febre (Temperatura acima de 37,8o C)
 Secreção vaginal com odor fétido
 Sangramento vaginal anormal
 Dificuldade ou dor para urinar ou defecar
 Alterações da região da incisão cirúrgica (vermelhidão, dor, secreção ...)
 Dificuldade para a amamentação
 Sinais e sintomas de inflamação nas mamas (dor , vermelhidão, secreção purulenta)
 Cefaléia / dor de cabeça importante
 Edema / inchaço no corpo
 Náuseas ou vômitos persistentes
 Estado de depressão do humor após o parto


AMAMENTAÇÃO

O LEITE MATERNO É O MELHOR ALIMENTO PARA O SEU FILHO

O leite materno contém todos os nutrientes que a criança precisa para os primeiros 6 meses de vida. Contém proteínas, gorduras, açúcar, vitaminas, ferro , água e sais minerais em quantidades adequadas e suficientes para a criança. Contém também uma enzima especial, chamada lípase , que faz a digestão adequada das gorduras.
O leite materno é facilmente digerido e absorvido.
Fornece água suficiente para a criança, mesmo em dias quentes.
Protege contra infecções e diarréia
Facilita o vínculo afetivo entre mãe e filho
O aleitamento reduz o sangramento materno após o parto, ajuda a mãe a voltar ao peso normal e pode ajudar a prevenir uma nova gravidez.
Está sempre pronto, não precisa de preparo. Nunca azeda ou estraga.
É econômico! Não custa nenhum centavo.

Nos primeiros dias após o parto, as mamas produzem o colostro. Ele é mais grosso e amarelo que o leite maduro, e é secretado em menores quantidades. È exatamente o que a criança precisa nos primeiros dias de vida. Contém mais anticorpos e células de defesa do que o leite maduro. Protege a criança contra bactérias e vírus, estimula o desenvolvimento do intestino do bebê, é laxativo, ajuda a eliminar o mecônio (primeiras fezes, mais escuras), e ajuda a prevenir a icterícia do recém-nascido.

COMO AMAMENTAR:
A criança deve mamar quando quiser (livre demanda). A duração da mamada não é o mais importante. Deixe a criança mamar quando quiser e pelo tempo que quiser.
Deixe a criança terminar de sugar a primeira mama ante de oferecer a outra.
Inicie a amamentação por um lado numa mamada, e pelo outro lado na seguinte, sempre alternando os lados (a não ser no caso de gêmeos, onde cada bebê deve ter um lado para mamar, sem alternar)
Não são necessários outros alimentos e líquidos além do lite materno.
O bebê não precisa de quantidade extra de água, mesmo em dias quentes.
O bebê deve mamar o maior tempo possível durante a noite
Não lave os mamilos com sabão ou outros produtos químicos
Não dê chupeta ou bicos artificiais para a criança.

A mãe deve sentar-se ou deitar-se em lugar confortável, de tal forma que fique relaxada. Pode sentar e segurar a criança de frente ou manter a criança em baixo do braço, ou ainda, deitar com o bebê ao seu lado.
O bebê deve ficar de frente para a mama e com seu estômago em contato com a barriga da mãe. È importante que o corpo da criança fique de frente para a mama, em contato com a mãe.
A cabeça deve ficar livre, para tombar um pouco para trás. Se for necessário segurar a criança, deve-se segurá-la por trás dos ombros.
A mãe deve segurar e oferecer toda a mama, não somente o mamilo. Não deve apertar o mamilo ou a aréola.
Deve-se direcionar o lábio inferior do bebê para a base do mamilo. Isto ajuda a encostar seu queixo na mama, de modo que a língua fique por baixo dos seios lactíferos, onde o leite é produzido. Isto faz com que o mamilo fique acima do centro da boca da criança , de tal forma que facilmente toque e estimule o palato (céu da boca).
Algumas mães tem o costume de colocar o dedo na mama próximo ao nariz da criança , para que ela respire melhor. Isto não é aconselhado, e pode piorar a posição da mamada, facilitando a pega apenas do mamilo e causando dificuldade de ejeção do leite e rachaduras .
A criança precisa sugar tanto por prazer quanto para obter alimento.
Deve sugar por mais tempo nas mamas, se chorar.
Se realmente estiver com fome ou sede, a sucção fará com que a quantidade de leite aumente.
O calor , proximidade da mãe e a sucção vão acalmar a criança quando ela estiver agitada ou irritada.

A má posição de mamada é causa freqüente de mamilos rachados e dolorosos, má produção de leite, mamas ingurgitadas, criança frustrada, irritada, e em conseqüência de tudo isso, leva a interrupção precoce da amamentação.

Siga as orientações do seu pediatra referentes ao aleitamento materno e ao uso de outros alimentos e à complementação com outros tipos de leite e vitaminas.

Durante a gestação, não é aconselhado o uso de qualquer substância para o preparo das mamas e mamilos. Use uma bucha vegetal macia para massagear as aréolas e mamilos diariamente durante o banho. A partir do terceiro trimestre de gestação, tome diariamente um pouco de sol sobre as mamas.

Aconselhamos uma consulta a partir do 2º trimestre de gestação a um profissional especializado em amamentação , para o preparo adequado das mamas e orientações mais detalhadas sobre o aleitamento materno.


ANTICONCEPÇÃO APÓS O PARTO

O retorno dos ciclos ovulatórios e menstruação na mulher que amamenta é imprevisível, podendo ser logo nos primeiros meses após o parto ou demorar até 2 anos ou mais. Portanto, a amamentação exclusiva não é um método totalmente eficaz de anticoncepção.
Nas mulheres que amamentam a ovulação não ocorrerá antes dos 40 dias após o parto, não se justificando iniciar a anticoncepção antes deste prazo. Além disso, desaconselha-se o início da atividade sexual nesse período devido ao risco de infecções e sangramentos, pois o colo uterino pode ainda estar dilatado e o útero termina o processo de involução cerca de 40 dias após o parto. O método anticoncepcional a ser escolhido não pode interferir no processo de amamentação e não pode provocar efeitos adversos no recém-nascido pela passagem pelo leite materno.
A discussão sobre os métodos de planejamento familiar deve ser feita desde o início da gestação, durante as consultas pré-natais. Após o nascimento , orienta-se abstinência sexual pelo período de 40 dias, e após este período , deve-se agendar uma consulta para a escolha do método anticoncepcional.
Método da Amenorréia e Lactação (LAM): baseia-se em 3 critérios associados: amamentação exclusiva, amenorréia (ausência de menstruação), e período de até 6 meses após o parto. Quando usado corretamente, tem eficácia de 98%. O LAM não tem contra-indicações e não sofre discriminações religiosas ou culturais. È um método natural. No entanto, se algum dos 3 critérios do LAM não for cumprido, este poderá perder a eficácia. Assim, as usuárias do LAM deverão optar por outro método ao deixar de amamentar exclusivamente o seu filho, ou após 6 meses do parto, ou se voltarem a menstruar antes desses 6 meses.
Métodos de Barreira: o preservativo masculino e o preservativo feminino além de oferecerem uma boa proteção anticoncepcional, são os únicos métodos que podem proteger contra as doenças sexualmente transmissíveis. A eficácia depende do uso correto e ininterrupto, em todas as s relações sexuais do casal. Pode-se associá-los com cremes espermaticidas e lubrificantes, para uma melhor eficácia e conforto durante a relação, pois no período pós parto a vagina tem uma lubrificação menor por influência hormonal.

Dispositivo Intra-uterino (DIU): o DIU é um método de longa duração e é reversível, podendo ser conveniente, efetivo e seguro quando usado no pós parto. O DIU pode ser inserido 40 dias após o parto ou cesárea. Existem vários tipos de DIU, sendo os mais utilizados o Multiload (de cobre), com duração máxima de 5 anos e o T de Cobre com duração máxima de 10 anos. Existe também um tipo de DIU que libera progesterona na cavidade uterina (Mirena), um tipo de hormônio que pode ser utilizado durante o pós parto e amamentação, e que tem a vantagem de diminuir ou até mesmo interromper o fluxo menstrual durante o seu período de uso (máximo de 5 anos).

Implanon: é um pequeno implante na forma de um bastão de silicone inserido sob anestesia local na face interna do braço, que libera durante os 3 anos de uso recomendado, um hormônio da classe da progesterona. Pode ser inserido 40 dias após o parto, não interfere na amamentação e a maioria das mulheres que o utiliza tem a menstruação interrompida ou diminuída.

Laqueadura Tubária: é um método de esterilização definitiva que pode ser realizado logo após o parto ou durante a cesárea. Por ser um método definitivo e de difícil reversão, aconselha-se a sua discussão prévia durante o pré-natal com o casal. A eficácia da laqueadura é alta, porém como em qualquer método anticoncepcional, existe uma possibilidade de falha em torno de 1 a 5 casos em cada 1000 mulheres.

Vasectomia : é um método de esterilização definitiva para o homem. Pode ser realizado sob anestesia local, e tem poucos efeitos adversos. Não interfere na sexualidade masculina. As recomendações e eficácia são semelhantes às da laqueadura.

Métodos hormonais somente com progestogênios: o uso de anticoncepcionais orais ou injetáveis somente com progestogênio não afeta a amamentação. A pílula contendo apenas progestogênio por ter uma dosagem bastante baixa de hormônio, deve ser ingerida diariamente, sem pausa entre as cartelas. Sua eficácia é alta, principalmente quando associada à amamentação. A injeção com progestogênio tem alta eficácia durante e depois da amamentação, sendo administrada por via intra-muscular de 3 em 3 meses. O Implanon, como descrito anteriormente, também faz parte desta categoria de anticoncepcionais.
Anticoncepcional hormonal combinado (pílulas, injeções, adesivos, anel vaginal): os medicamentos com estrogênio são contra-indicados para o período de amamentação, devido à passagem pelo leite e comprometimento do bebê, e pelo efeito inibitório na produção do leite materno. Somente devem ser utilizados após a interrupção da amamentação.

Métodos comportamentais: (tabelinha, muco cervical, temperatura basal e coito interrompido): são de difícil controle durante o período pós parto e de amamentação, pois são baseados nas mudanças fisiológicas da mulher durante o ciclo ovulatório, e nesse período é impossível prever ou determinar o ciclo fértil da mulher.



Eficácia de métodos de contracepção* habitualmente usados e porcentagem de casais usando o método

% de mulheres experimentando gravidez não intencional no primeiro ano de uso

Método contraceptivo Uso perfeito Uso típico
Implanon 0.05% 0.05%
Vasectomia 0.10% 0.15%
Pílula 0.1% 5.0%
Injetável (Depo-Provera®) 0.3% 0.3%
Esterilização feminina / Laqueadura 0.5% 0.5%
Dispositivo intra-uterino 0.6% 0.8%
Condom (masculino) 3.0% 14.0%
Coito interrompido 4.0% 19.0%
Diafragma 6.0% 20.0%
Espermicidas 6.0% 26.0%
Abstinência periódica 9.0% 25.0%


Lista Básica de acessórios para levar à maternidade:

Para o Bebê:
Fralda descartável tamanho P 1 pacote
Pagão / mijão 03 unidades
Macacão 03 unidades
Meia / sapatinho 03 unidades
Vira-manta 02 unidades
Manta 01 unidade
Cobertor 01 unidade
Sabonete neutro 01 unidade
Pente / escova 01 unidade

Para a Mãe:
Objetos de higiene Pessoal (escova e pasta de dentes, shampoo, sabonete, etc.)
Absorvente tamanho grande 10 unidades
Camisola 02 unidades
Roupão / robe 01 unidade
Toalha de Banho 02 unidades
Calcinha 04 pares
Meia 03 pares
Sutiã 03 unidades
Roupa para o dia da alta hospitalar

O que não levar:
Perfumes para o bebê
Chupeta / bico artificial / mamadeira
Desodorante / perfume com cheiro muito forte

Durante a internação:
Oriente os amigos e familiares para fazerem visitas rápidas para não perturbarem o bem-estar da mãe e do bebê, e de preferência, não levarem crianças ao hospital.
Oriente para evitar um número grande de pessoas reunidas no quarto, junto da mãe e do bebê, pelo maior risco de transmissão de infecções.

Não esqueça de levar:
Máquina fotográfica / filmadora
Obs: conferir antes a situação das pilhas, baterias, filmes, cartões de memória.


VACINAS
A vacinação da gestante é procedimento bastante restrito, devido aos riscos reais ou teóricos de ação nociva contra o feto. Em geral contra-indicam-se as vacinas vivas, mas em relação às vacinas não vivas ainda há duvidas ou desconhecimento sobre a inocuidade de muitas delas, exceto a vacina antitetânica, ou combinada contra difteria e tétano, às quais já existe experiência acumulada de uso durante muitos anos sem relatos de problemas.

Tipos de Vacinas
• Vacinas de rotina:

São aquelas que devem ser aplicadas sempre que a gestante não estiver em dia com elas – vacina duplo tipo dt (anti-tetânica e anti- difteria);
• Vacina circunstancial: deve ser utilizada em situações especiais de risco, por exemplo: mordedura de animais com risco de adquirir raiva ou epidemias, sem imuno-comprometimentos ( contra hepatite B, contra raiva, contra febre amarela, anti-mengocócicas (a, c, y, w 135), contra cólera, contra peste, contra rickettioses ( febre maculosa, tifo).
• As vacinações em gestantes com fatores especiais:

Referem-se às gestantes com fatores predisponentes para adquirir determinadas infecções, por exemplo, diabéticas insulino-dependentes, portadoras de doença pulmonar, renal ou cardíaca. (contra influenza, anti-pneumocócica (polissacáride), contra hepatite B e contra hepatite A ).

Algumas são contra indicadas durante a gestação, pelo risco de acometimento fetal, como a BCG, contra sarampo, contra rubéola e anti-meningocócica BC.

E outras são desnecessárias como, a poliomielite e a Anti-Haemophilus.


Calendário Básico de Vacinação da Criança
IDADE VACINAS DOSES DOENÇAS EVITADAS
Ao nascer BCG – ID dose única Formas graves de tuberculose
Vacina contra hepatite B (1) 1ª dose Hepatite B
1 mês Vacina contra hepatite B 2ª dose Hepatite B
2 meses Vacina tetravalente (DTP + Hib) (2) 1ª dose
Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b
VOP (vacina oral contra pólio) 1ª dose Poliomielite (paralisia infantil)
VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) (3) 1ª dose Diarréia por Rotavírus
Vacina tetravalente (DTP + Hib) 2ª dose Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b
4 meses VOP (vacina oral contra pólio) 2ª dose Poliomielite (paralisia infantil)
VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) (4) 2ª dose Diarréia por Rotavírus
6 meses Vacina tetravalente (DTP + Hib) 3ª dose Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b
VOP (vacina oral contra pólio) 3ª dose Poliomielite (paralisia infantil)
Vacina contra hepatite B 3ª dose Hepatite B
9 meses Vacina contra febre amarela (5) dose inicial Febre amarela
12 meses SRC (tríplice viral) dose única Sarampo, rubéola e caxumba
15 meses VOP (vacina oral contra pólio) reforço Poliomielite (paralisia infantil)
DTP (tríplice bacteriana) 1º reforço Difteria, tétano e coqueluche
4 - 6 anos DTP (tríplice bacteriana 2º reforço Difteria, tétano e coqueluche
SRC (tríplice viral) reforço Sarampo, rubéola e caxumba
10 anos Vacina contra febre amarela reforço Febre amarela
(1) A primeira dose da vacina contra a hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido. O esquema básico se constitui de 03 (três) doses, com intervalos de 30 dias da primeira para a segunda dose e 180 dias da primeira para a terceira dose.

(2) O esquema de vacinação atual é feito aos 2, 4 e 6 meses de idade com a vacina Tetravalente e dois reforços com a Tríplice Bacteriana (DTP). O primeiro reforço aos 15 meses e o segundo entre 4 e 6 anos.

(3) É possível administar a primeira dose da Vacina Oral de Rotavírus Humano a partir de 1 mês e 15 dias a 3 meses e 7 dias de idade (6 a 14 semanas de vida).
(4) É possível administrar a segunda dose da Vacina Oral de Rotavírus Humano a partir de 3 meses e 7 dias a 5 meses e 15 dias de idade (14 a 24 semanas de vida). O intervalo mínimo preconizado entre a primeira e a segunda dose é de 4 semanas.

(5) A vacina contra febre amarela está indicada para crianças a partir dos 09 meses de idade, que residam ou que irão viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Se viajar para áreas de risco, vacinar contra Febre Amarela 10 (dez) dias antes da viagem.
Fonte: www.saude.gov.br

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Pessoal texto muito interessante.

Duas pulgas estavam conversando e então uma comentou com a outra: - Sabe qual é o nosso problema? Nós não voamos, só sabemos saltar. Daí nossa chance de sobrevivência quando somos percebidas pelo cachorro é zero. É por isso que existem muito mais moscas do que pulgas.
Elas então contrataram uma mosca como consultora, entraram num programa de reengenharia de vôo e saíram voando.
Passado algum tempo, a primeira pulga falou para a outra: - Quer saber? Voar não é o suficiente, porque ficamos grudadas ao corpo do cachorro e nosso tempo de reação é bem menor do que a velocidade da coçada dele.

Temos de aprender a fazer como as abelhas, que sugam o néctar e levantam vôo rapidamente.
Elas então contrataram o serviço de consultoria de uma abelha, que lhes ensinou a técnica do chega-suga-voa. Funcionou, mas não resolveu.. . A primeira pulga explicou por quê: - Nossa bolsa para armazenar sangue é pequena, por isso temos de ficar muito tempo sugando. Escapar, a gente até escapa, mas não estamos nos alimentando direito. Temos de aprender como os pernilongos fazem para se alimentar com aquela rapidez.
E então um pernilongo lhes prestou uma consultoria para incrementar o tamanho do abdômen. Resolvido, mas por poucos minutos. … Como tinham ficado maiores, a aproximação delas era facilmente percebida pelo cachorro, e elas eram espantadas antes mesmo de pousar. Foi aí que encontraram uma saltitante pulguinha, que lhes
perguntou:
- Ué, vocês estão enormes! Fizeram plástica?
- Não, reengenharia. Agora somos pulgas adaptadas aos desafios do século XXI. Voamos, picamos e podemos armazenar mais alimento.
- E por que é que estão com cara de famintas?
- Isso é temporário. Já estamos fazendo consultoria com um morcego, que vai nos ensinar a técnica do radar. E você?
- Ah, eu vou bem, obrigada. Forte e sadia.
Mas as pulgonas não quiseram dar a pata a torcer, e perguntaram à pulguinha: - Mas você não está preocupada com o futuro? Não pensou em uma reengenharia?
- Quem disse que não? Contratei uma lesma como consultora.
- Mas o que as lesmas têm a ver com pulgas. quiseram saber as pulgonas…
- Tudo. Eu tinha o mesmo problema que vocês duas. Mas, em vez de dizer para a lesma o que eu queria, deixei que ela avaliasse a situação e me sugerisse a melhor solução. E ela passou três dias ali, quietinha, só observando o cachorro e então ela me disse: “Não mude nada. Apenas sente na nuca do cachorro. É o único lugar que a pata dele não alcança”.
MORAL DA HISTÓRIA:
Você não precisa de uma reengenharia radical para ser mais eficiente. Muitas vezes, a GRANDE MUDANÇA é uma simples questão de reposicionamento.

MAX GEHRINGER

terça-feira, 6 de abril de 2010

Levedura

Oi pessoal trabalho na área de fabricação de açúcar e álcool e levedura e seus derivados, mas especialmente em levedura onde é a área que eu trabalho, qualquer duvida é só me perguntarem estarei a disposição.